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A guerra sul-americana de Chávez

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, veio ao Brasil dizer a Lula que a cessão de bases militares para os EUA faz parte da antiga cooperação entre os dois países no combate ao narcotráfico e à guerrilha. Na visita, repetiu a acusação de que o venezuelano Hugo Chávez fornece apoio logístico e material às Farc colombianas. Chávez, por seu lado, qualificou como fraude as informações sobre a transferência de equipamento bélico da Venezuela para as Farc e acusou a Colômbia de servir como plataforma para uma presença militar estratégica dos EUA na América do Sul. Os argumentos defensivos dos dois presidentes são falsos. Mas as acusações de ambos são verdadeiras - e uma está conectada à outra. O chavismo não é um caudilhismo tradicional, pois a "revolução bolivariana" é um empreendimento internacional. Depois de Simón Bolívar, o maior herói de Chávez é o caudilho Cipriano Castro, que governou a Venezuela no início do século 20 e sonhou com a restauração da Grã-Colômbia

Biodiversidade

Contraste de Luz (Mesquita/MG) , upload feito originalmente por Phabi .

Conflitos no Mercosul

Na ausência de uma política agrícola que vise ao desenvolvimento regional de uma maneira mais integral e que leve em consideração os atores mais sensíveis envolvidos, o processo de integração do Mercosul vem produzindo impactos em diferentes níveis dos sistemas produtivos. Porém, também começa agora a produzir reações, como o surgimento de barreiras "não tarifárias" ao intercâmbio comercial entre os países, ainda que os governos tenham negado estar adotando esse tipo de restrição ao comércio com Argentina. No entanto, a proibição pelo Brasil de importar maçã argentina, alegando problemas fito-sanitários, teve como resposta desse país a proibição da entrada de frutas brasileiras como a banana, melão e outras. A rapidez com que se está operando a abertura das fronteiras, junto à lentidão com que opera o processo de harmonização de políticas agrícolas, provoca a concorrência entre produtores com profundas assimetrias nos seus sistemas produtivos. Surgem tensões na ár

Pentecostalismo: entre o desprezo e a recuperação do corpo

Leonildo Silveira Campos Enquanto o chamado pentecostalismo clássico, herdeiro do movimento puritano, impõe regras severas sobre o corpo, os neopentecostais o ressituam, fazendo das reações dele o centro de uma liturgia ágil e viva, na perspectiva de encará-lo como um templo do Espírito Santo Podemos colocar todos os pentecostais – clássicos ou neopentecostais – na mesma vala comum da ojeriza ao corpo e da negação dos prazeres corporais? Proceder dessa forma é uma temeridade, pois o pentecostalismo é um fenômeno religioso complexo e nem sempre apresenta unanimidade em suas cosmovisões, teologias e formas de culto. Observemos, contudo, que o pentecostalismo desde o seu início tem valorizado, embora de uma forma relativa, o corpo, especialmente na prática da cura e do exorcismo. Mas quase nunca esse aspecto tem sido enfatizado pelos analistas e, muitos deles, consideram os pentecostais apenas mais uma modalidade de neoplatonismo no que se relaciona ao corpo. Neopentecostais revalorizam o

Dalai Lama é nomeado cidadão de honra de Varsóvia

O Dalai Lama foi nomeado cidadão de honra de Varsóvia, por seu compromisso com a liberdade de seus compatriotas e de seu país, a pedido do líder da oposição conservadora na Polônia, Jaroslav Kaczynski. O líder espiritual e político tibetano recebeu a nomeação na presença do ex-líder do sindicato Solidariedade, ex-presidente do país e Prêmio Nobel da Paz, Lech Walesa. O Dalai Lama agradeceu a honra e elogiou "a grandeza espiritual e a determinação" da população de Varsóvia, a "cidade invencível", como a chamou, que desempenhou um papel fundamental no caminho rumo à democracia no leste europeu. O Parlamento municipal da capital polonesa tinha aprovado, por unanimidade, a nomeação do líder espiritual tibetano, impulsionada pelo ex-líder de Governo Lech Kacynski. O Dalai Lama chegou ontem a Varsóvia para uma visita de dois dias e visitou o Museu do Levante, em h

Xamanismo

Nome genérico dado às atividades de caráter mágico, geralmente realizadas por um xamã, ou feiticeiro, que busca contatar mundos e forças sobrenaturais, invocar ou incorporar espíritos ou entidades divinas. Aparece em diferentes cultos religiosos da Ásia Central e Setentrional, África, Américas e Oceania, em culturas antigas, em diferentes estágios de evolução, particularmente nas sociedades indígenas. Por essa razão, o xamanismo não é considerado uma religião propriamente dita, mas um traço característico a diversas religiões. Usualmente, as principais tarefas destinadas a um xamã são a cura, a adivinhação e a busca de soluções para problemas ou questões da coletividade. É comum que o xamã entre em estado de transe emocional e que utilize plantas, animais e minerais em sessões rituais, que podem incluir a ingestão de bebidas muitas vezes alucinógenas.