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O HÁBITO É UMA DROGA - FINAL

O canto da sereia lusitana Depois das 11 da noite, no intervalo comercial, uma garota seminua invade a tela das tevês paulistanas com sua voz lânguida: "Liga pra mim. Estava pensando em você..." É o anúncio do Telefantasia, o serviço telefônico que promete um minuto de excitante papo amoroso. O número integra a lista do Disque-900 e é apenas uma das opções de erotismo pelo telefone. "É uma modalidade de sexo auricular, também compulsivo", diz o psiquiatra Sérgio Bettarello. A atitude de se excitar no anonimato, sem contato direto com outras pessoas, cria um tipo novo, o "voyeur" auditivo. Já o fanático por trotes obscenos conti- nua o mesmo: um exibicionista telefônico. Embora ainda não seja possível dizer se alguém se viciou nos disque-sexo, no fim do ano passado, um escândalo, envolvendo adolescentes, chamou atenção para esse tipo de serviço: uma revista masculina divulgou um novo número cordial, mas não explicou que era de Portugal. Em apenas dois m

O HÁBITO É UMA DROGA - 4ª PARTE

"Não consigo resistir. Alguma coisa me empurra loja adentro e me obriga a comprar tudo", conta a atriz, que depois do sucesso viu o problema se agravar. "Como sou conhecida, quando não tenho dinheiro é só pedir que mandem a conta para minha casa." Parece frescura de quem tem muito e não sabe como gastar. Melanie garante que não: "No começo, é bom realizar as vontades, mas depois vira um transtorno. É como se não tivesse controle da minha vida." Para os psicólogos, consumidores incontroláveis só diferem dos cleptomaníacos pelo fato de que estes não passam pelo caixa da loja, simplesmente furtam os objetos. São todos enfermos. Como também muitos dos trabalhadores workaholics  neologismo inglês que une as palavras work (trabalho) e alcoholic (alcoólatra). Eles odeiam férias, levam serviço para casa e se esquecem da família. "Embora o workaholic seja aplaudido pela sociedade, que valoriza a dedicação ao trabalho", argumenta Sérgio Bettarello, "

O HÁBITO É UMA DROGA - 3ª PARTE

Recentemente, o psicólogo italiano Daniele Pauletto divulgou uma tese revolucionária relacionada a um vício que aterroriza pais e mães em todo o mundo: a videomania. Daniele garante que videogames, apesar da aparência inocente, podem ter efeitos nefastos. Para ele, a irradiação contínua de imagens luminosas superestimula o lóbulo occipital direito, que regula as emoções no cérebro, ao mesmo tempo que atrofia o occipital esquerdo, responsável pela capacidade analítica e crítica das pessoas. Esta síndrome, batizada de vídeo-hiperestesia ou seja, extrema sensibilidade aos estímulos do vídeo, leva freqüentemente os fanáticos por esses joguinhos a perder o contato com a realidade e entrar numa espécie de estado hipnótico. Daniele Pauletto chegou a essas conclusões depois de estudar o comportamento de um menino de 9 anos - Francesco - que passava mais de oito horas por dia jogando videogame. "Foi o meu caso mais espetacular. Francesco já não queria mais nem comer nem dormir. Na escola

O HÁBITO É UMA DROGA - 2ª PARTE

Outros psicólogos preferem enfatizar os aspectos autodestrutivos que acompanham a dependência. "O que diferencia o hábito do vício é que este sempre traz efeitos perigosos para a pessoa", comenta o psicólogo Peter Púrpura, de Nova York, que se dedica exclusivamente ao tratamento de pacientes obcecados por sexo. Embora desde 1987 reconhecido pela Associação Americana de Psiquiatria como enfermidade e não perversão, o desvio comportamental dos sexólatras só ganhou notoriedade recentemente, graças ao ator Michael Douglas. Depois de ter sido elogiado pela atriz Sharon Stone por seu desempenho nas cenas quentes do filme Instinto Selvagem, Michael internou-se numa clínica no Arizona para tentar conter a fonte daqueles elogios: uma incontrolável tendência à promiscuidade. Há quem diga que o ator arrumou apenas uma desculpa após ser flagrado pela mulher, Diandra, praticando o vício com outra. Mas dependentes de sexo existem, apesar de ser um mal menos aberrante que o voyeurismo ou

O HÁBITO É UMA DROGA - 1ª PARTE

  Embora muitos achem que tudo não passa de exagero dos psicólogos, coisas inocentes como comida, trabalho ou compras podem se tornar vícios tão fortes quanto as drogas ou o álcool. "Fui viciada em comer. Lembro que esvaziava a geladeira num abrir e fechar de olhos. Quando não dava mais para continuar comendo, me angustiava, ia ao banheiro e vomitava para comer de novo." Foi assim que a atriz Jane Fonda descreveu os sintomas da enfermidade com a qual conviveu dos 12 aos 36 anos: a bulimia. Quem é vitimado por ela não consegue parar de ingerir alimentos e, caso não o faça, entra em um estado de angústia para o qual só há um remédio: voltar a abrir a geladeira. Quando o estômago está a ponto de explodir, a vítima simplesmente vomita e segue comendo. Embora seja difícil acreditar que algo tão inofensivo quanto um delicioso sanduíche possa causar dependência, o fato é que pode. E mesmo que não sejam poucos os céticos para quem esse tipo de preocupação não passa de mais uma

Chopin

(1810-1849), compositor e pianista polonês ligado ao movimento romântico, considerado um dos maiores autores de música para piano. Em 1831, passou a viver em Paris, onde se tornou famoso professor, pianista e compositor. Sua música, romântica e lírica, caracteriza-se por doces melodias originais, refinadas harmonias, ritmos delicados e beleza poética. Exerceu notável influência sobre outros compositores, como Franz Liszt e Claude Debussy. Compôs mazurcas, estudos, prelúdios, noturnos, polonesas e sonatas para piano. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.