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Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Parte 2

Não sobrou livro nenhum de Zenão. Atribuem-se a ele frases das quais uma das melhores diz: "A natureza nos deu dois ouvidos e apenas uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos". Zenão se matou aos 72 anos. Para os estóicos, o suicídio - sem lamúrias, sem queixas - era uma retirada digna e honrosa quando a pessoa já não encontrasse razões para viver. Sabe-se de sua morte pelo biógrafo Diógenes Laércio (200 d.C.-250 d.C.), autor de Vida dos Filósofos. Zenão tropeçou e se machucou, segundo Diógenes Laércio. Em seguida, citou um verso de um autor grego chamado Timóteo: "Eis-me aqui: por que me chamas?". E depois se enforcou. Aceitar as coisas como elas são: eis um ponto crucial para a vida feliz de acordo com todas as escolas filosóficas. Sobre isso tratou com profundidade Epiteto (c. 55 d.C.-c.135 d.C.). Nascido escravo e só liberto depois de adulto, Epiteto não escreveu um único livro. Seu pensamento é conhecido graças a um discípulo, o historiador Arriamo.

Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Parte 1

A filosofia existe para que as pessoas possam viver melhor. Sofrer menos. Lidar mais serenamente com as adversidades. Enfrentar com coragem o "perpétuo vai-e-vem de elevações e quedas", para citar uma frase do romano Sêneca (4 a.C.-65 d.C.), um dos grandes filósofos da Antiguidade. A missão essencial da filosofia é tornar viável a busca da felicidade. Todos os grandes pensadores sublinharam esse ponto. A filosofia que não é útil na vida prática pode ser jogada no lixo. Alguém definiu os filósofos como os amigos eternos da humanidade. Nas noites frias e escuras que enfrentamos no correr dos longos dias, eles podem iluminar e aquecer. A filosofia apóia e consola. "O ofício da filosofia é serenar as tempestades da alma", escreveu o sábio francês Montaigne (1533-1592). Numa definição magistral, Montaigne definiu a filosofia como a "ciência de viver bem". Considere o caso do aristocrata romano Boécio (480 d.C.-524 d.C.). Boécio era rico, influente, poderoso. Er

“Não tenhas pressa. Aonde tens de ir é só a ti mesmo.”

Por vezes, a compreensão de episódios que se repetem em nossa vida pode ocorrer por meio dos simbolismos, das correlações que formam as teias nas quais bordamos nossa existência. Compreender o simbólico para superar o ilusório que nos cerca é um dos passos fundamentais que devemos trilhar no caminho extenso da consciência. Compreender aquilo que fica de tudo que é transitório é mergulhar na própria essência da vida e beber do mais puro sabor da verdade. Acertar, errar, ganhar, perder, estar feliz ou infeliz são apenas partes do intrincado espelho da ilusão. Ora estamos numa condição, ora noutra. Tudo o que passa não pode ser o propósito da vida. A dor, a perda e o sofrimento também são parte desta experiência de Maia, a deusa da ilusão para os hindus

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Bom Início de Semana

"Amo a beleza do compromisso.." Simone Weil

Entrevista concedida a Veja (12/12/1973), a Maria Helena Dutra(Bidu Sayão), ao visitar o Brasil, depois de 20 anos morando no exterior.- Final

Veja - Um ano depois de tão súbita decisão você voltou a cantar e chegou mesmo a gravar com Villa-Lobos "A Floresta Amazônica". Saudades? BIDU - Fiquei um ano sem cantar, sem abrir a boca, sem vocalizar. Até que meu amigo Villa e sua mulher, a Mindinha, chegaram aos Estados Unidos. Villa tinha ido compor a trilha sonora do filme "Green Mansions", com Audrey Hepburn. A fita foi um fiasco. E, da música do Villa, sobraram só uns 10 minutos. Ele ficou indignado, eu nunca o vi tão amolado. Decidiu, então. gravar a obra, e me pediu que o ajudasse. Eu estava há um ano afastada. E só aceitei porque tive o pressentimento de que aquela seria a última gravação do Villa. E foi. Veja - O fato de seu primeiro marido, Walter Mocchi, ter sido empresário, e o segundo, Giuseppe Danise, ter sido um barítono de fama, não foi fundamental para o sucesso de sua carreira? BIDU - Para se fazer uma carreira internacional é preciso ter perseverança, sorte e alguém que dê o impulso inicial, p