Certa vez, em um impulso autobiográfico, o romancista russo Fió-dor Dostoiévski (1821-1881) escreveu: "Felicidade Tão forte e tão doce que por alguns segundos dessa delícia trocaria dez anos de minha vida". Dessa maneira, por incrível que pareça, ele tentava descrever um ataque epilético. O autor de clássicos da literatura, como Irmãos Karamázov, era vítima de um raríssimo tipo de epilepsia, em que, durante o surto, as áreas de prazer do cérebro ficam à beira de um curto-circuito. A pessoa, então, experimenta algo semelhante a orgasmos, enquanto dura a crise. Por sorte, não é preciso padecer do mesmo mal para saber do que o escritor falava. Normalmente, a sensação de prazer intenso é a isca arranjada pela evolução para atrair determinados seres vivos para o sexo, garantindo a reprodução de suas espécies. A maioria dos chamados animais se-xuados cai nessa armadilha do desejo, mas nenhum com tanta freqüência e tamanha intensidade quanto o homem. A espécie humana pode ser consid
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.