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Música caipira


Música caipira, música produzida geralmente no interior do Brasil e que tem na viola o seu instrumento por excelência. Suas origens remontam a Portugal, cujos colonizadores trouxeram consigo a viola de Braga, que aqui se tornou viola braguesa. O seu processo de urbanização se deve ao folclorista paulista Cornélio Pires, que organizou diversos festivais com esse tipo de música na cidade de São Paulo a partir da década de 1910.

Com o projeto de integração cultural levado a cabo durante o Estado Novo, as rádios de alcance nacional abriram um grande espaço para artistas como Alvarenga e Ranchinho, Jararaca e Ratinho, Pena Branca e Xavantinho, que são algumas das mais famosas duplas que ajudaram a divulgar e a perpetuar o gênero.

Suas músicas falam sempre do universo rural, como bem o demonstram alguns dos seus maiores sucessos, como Lampião de gás, de Zica Bergami, Luar do sertão, de Catulo da Paixão Cearense, Moda da pinga, de Ochelsis Laureano, e Menino da porteira, de Teddy Vieira e Luizinho. O surto da música sertaneja, ocorrido no final da década de 1980, despertou algum interesse pela música caipira — na verdade, ambas são freqüentemente confundidas. Coincidiu com ele a redescoberta de compositores como Renato Teixeira e Almir Sater, que, revelados na década de 1970, até aquele momento não tinham conseguido se firmar no mercado fonográfico.

Algumas duplas sertanejas foram buscar inspiração no repertório da música caipira, como foi o caso de Xitãozinho e Chororó, que regravaram Rancho fundo, de Ari Barroso e Lamartine Babo, na década de 1990. Inezita Barroso, cujo trabalho sempre esteve ligado ao que se convencionou chamar de música de raiz, tornou-se uma grande divulgadora do gênero com o programa Viola, minha viola, apresentado aos domingos na TV Cultura, de São Paulo.

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