Mas porque alguns fãs sentem fixação em relação à Madonna e outros com Britney Spears, Vitor e Leo ou mesmo a banda Calypso? Como o cérebro processa as músicas e o nosso gosto por elas? Vamos falar com a neurocientista Suzana Herculano-Houzel.
Escutamos música por toda parte. Cozinhando, comendo, fazendo exercício, até sem fazer nada. Ouvimos para ficar acordados e também para relaxar.
A música é uma forma de comunicação que, além das palavras ou em lugar delas, usa melodias e ritmos para transmitir significados e, especialmente, emoções de um cérebro para outro.
Os sons da música são processados pelos mesmos circuitos que o cérebro usa para a linguagem falada. A região do córtex temporal é a mesma que ouve os sons da fala e também a que processa os sons da música.
A porção do córtex pré-frontal esquerdo analisa e prepara a fala e também analisa a seqüência de sons da música.
Outras regiões do córtex direito acompanham tanto a melodia da fala quanto a da música. A seqüência de sons da melodia, tanto na música quanto na fala, transmite conteúdo emocional: alegre ou triste, delicado ou raivoso.
Experimente só: as mesmas palavras: "venha aqui agora" podem ser ditas como uma ordem áspera ou gentilmente.
Mas se você sussurrar – o que elimina a melodia da voz – o conteúdo emocional some!
Mas o que é uma melodia interessante? O cérebro gosta de ter um pouco de trabalho quando ouve música, gosta de analisar sua estrutura e descobrir padrões.
Melodias feitas de seqüências de sons muito simples, totalmente previsíveis, não têm graça. Mas também não gostamos de melodias totalmente imprevisíveis, sem nenhum padrão identificável.
Agora, o que é o padrão complicado na medida certa é uma questão pessoal, que depende da experiência de cada cérebro, depende do tipo de música que ele costuma ouvir e da complexidade dela.
Mas isso se aprende: quanto mais ouvimos música, melhores ficamos em encontrar padrões musicais.
Começamos, quando criança, ouvindo músicas simples e repetitivas. Com o tempo e a experiência, vamos aprendendo a processar melodias mais elaboradas e, assim, a gostar delas.
Mas por que nem todo mundo gosta do mesmo tipo de música? “Eles não seguem métrica, sílaba tônica, uma loucura”, avalia a cantora lírica Kiara Sasso, que odeia sertanejo.
Para gostar de um tipo de música, não basta ter um cérebro que aprendeu a encontrar algum padrão interessante naquele som. As memórias que associamos às músicas são igualmente importantes para determinar nossas preferências.
“Nossa, não sei nem como dançar isso, que doideira. Música de terror, isso”, reclama o funkeiro Preto, que odeia música clássica.
Se, ao longo da vida, você associar música clássica com ambientes chatos, com gente careta com que você preferiria não estar, seu cérebro terá memórias negativas associadas à música clássica.
Se, por outro lado, ouvir funk estiver associado a festas alegres, com pessoas bacanas, seu cérebro registra sensações agradáveis associadas ao funk.
E, assim, temos pessoas que gostam de funk, mas detestam clássicos, que curtem clássicos, mas não suportam sertanejo.
Claro que ninguém é obrigado a gostar de tudo, mas a boa notícia é que, quanto mais ouvimos uma música, mais aprendemos a gostar dela, é só ter sensações positivas para associar a ela. Com a experiência, o cérebro pode mudar de opinião e você pode até descobrir que gosta de mais músicas do que pensava.
Em seus primórdios, a literatura canadense, em inglês e em francês, buscou narrar a luta dos colonizadores em uma região inóspita. Ao longo do século XX, a industrialização do país e a evolução da sociedade canadense levaram ao aparecimento de uma literatura mais ligada às grandes correntes internacionais. Literatura em língua inglesa. As primeiras obras literárias produzidas no Canadá foram os relatos de exploradores, viajantes e oficiais britânicos, que registravam em cartas, diários e documentos suas impressões sobre as terras da região da Nova Escócia. Frances Brooke, esposa de um capelão, escreveu o primeiro romance em inglês cuja ação transcorre no Canadá, History of Emily Montague (1769). As difíceis condições de vida e a decepção dos colonizadores com um ambiente inóspito, frio e selvagem foram descritas por Susanna Strickland Moodie em Roughing It in the Bush (1852; Dura vida no mato). John Richardson combinou história e romance de aventura em Wacousta (1832), inspirada na re
Comentários